DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

19/07/2014

Menino de rua





Menino de Rua, garoto indigente Infanto Carente,
Não sabe onde vai Menino de Rua, assim maltrapilho
De quem tu és filho Onde anda o teu pai?
Tu vagas incerto não achas abrigo e xposto ao perigo
De um drama de horror É sobre a sarjeta que dormes teu sono,
No grande abandono Não tens protetor Meu Deus! Que tristeza!
 Que vida esta tua Menino de Rua,
 Tu andas em vão Ninguém te conhece, nem sabe o teu nome
Com frio e com fome
Sem roupa e sem pão
Ao léu do desprezo dormes ao relento
O teu sofrimento Não posso julgar,
Ninguém te auxilia, ninguém te consola,
Cadê tua escola, Teus pais teu lar?
Seguindo constante teu duro caminho
 Tu vives sozinho Não és de ninguém
 Às vezes pensando na vida que levas
Te ocultas nas trevas Com medo de alguém
Assim continuas de noite e de dia
 Não tens alegria
 Não cantas nem ri
No caos de incerteza que o seu mundo encerra
Os grandes da terra
Não zelam por ti
Teus olhos demonstram a dor, a tristeza,
Miséria, pobreza
E cruéis privações
E enquanto estas dores tu vives pensando,
Vão ricos roubando milhões e milhões
Garoto eu desejo que em vez deste inferno
Tu tenhas caderno também professor
Menino de Rua de ti não me esqueço
E aqui te ofereço meu canto de dor
 
Patativa do Assaré, 1909-2002

2 comentários:

  1. Que bello poema, aunque qué triste lo que cuenta. Nunca he comprendido que se pueda dejar a los niños en esas condiciones. No se si todavía en el Brasil de hoy hay Meninos de Rua.

    En España no hay niños viviendo o mendigando en la calle, las autoridades no lo permiten, cualquier niño aquí tiene derecho a escuela, comida, sanidad y cobijo, otra cosa son las carencias emocionales, o que en su casa no haya suficiente atención, o sus padres apenas tengan para subsistir.

    Con la crisis que estamos pasando, se ha detectado que muchos de nuestros niños sólo hacen una comida al día, la que hacen en el colegio. Que tenemos un riesgo de pobreza infantil muy alto en este momento.

    Un de mis hijos viajó a Buenos Aires y al volver me contó que lo que más le había impresionado era ver a grupos de niños muy pequeños malviviendo solos en la calle.

    Impensable en España, aunque sí tenemos montones de personas adultas viviendo y mendigando en las calles, cada día más.

    Un placer pasarme por tu blog. Y puedes comentarme en portugués, lo entiendo bastante bien.

    Un beso,

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  2. UN TEMA QUE MUEVE FIBRA, MUY TRISTE, PERO REAL.
    UN ABRAZO

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