DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

18/01/2015

Comportas





As águas que me cabiam rebentaram na noite alta seguindo a lua através do tempo. O vento soprava apressado acelerando o movimento do tempo desequilibrando seus passos trôpegos. Das comportas rebentaram tormentas devastando tudo que havia em volta: restaram apenas pés rachados como o solo seco do sertão.

Ao longe avista-se um mar revolto que esconde entre suas dobras velhos segredos que se renovam a cada instante. O vai e vem de suas ondas murmurantes entoam canções bordam lençóis que acalentam nossos sonhos arrastando para longe os pensamentos tenebrosos.

Tudo agora é espuma flutuante e as águas que me cabiam correram para aquele mar em cujas águas sangra e singra a barca da ilusão

Um comentário:

  1. E o mar é assim, cheio de marés como a vida. Tão despressa se revolta , com ondas gigantescas que ruidosas assustam quem perto passa; ai de quem ousar aproximar-se...ele não se cpmpadece e tudo arrasta. É um grande amigo que alem de beleza nos da também pao para a mesa, mas,,,, exige respeito, o mar e o mesmo respeito nos requere a vida; a ela tudo devemos e por isso vive-la com a dignidade que ela merece e o que devemos fazer. Ela também não se comadece e devolve-nos sempre aquilo que lhe damos. Obigada, amiga pela companhia que me fizeste em 2014 e quero dizer-te que podes continuar a contar com a minha sincera amizade. Um beijinho e até sempre
    Emília

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