Passaram os dias os meses os anos... - Quantos? - Tantos, que por enquanto não dá pra contar os tiques e taques dos dias e noites das noites e dias, e as horas não passavam, emperradas num poste no meio da rua, debaixo da mesa - onde estariam aquelas horas aqueles dias e noites e meses e anos tantos - Quantos? E era um, eram dois, eram três, eram 100 mil, uma verdadeira legião ensandecida a correr atrás de um bezerro de ouro imaginário que alguém dissera ter visto voando, brilhante e incandescente como o sol do meio-dia; e esse alguém ficara desorientado, com as ideias obnubiladas de tanta claridez que as vistas ficaram turvas que doravante não será fácil atribuir um sentido propriamente literário a esses escritos que seguem na contramão do até aqui esboçado, porque são apenas fragmentos de fragmentos da imaginação ou do imaginário de acordo com a preferência ou o entendimento de quem os ler.
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