Tudo é silêncio. Corro até o mar em busca de uma voz desaparecida. O ir e vir das ondas termina calmamente em meus pés sem nada dizer. Apuro o ouvido, e ouço apenas um débil sussurrar de espumas misturado ao forte ruído das ondas, o ronco surdo da Terra. Vozes em agonia penetraram no silêncio do mar, formando lagos de lágrimas, blocos de vocábulos brancos, geleiras de palavras, nuvens de parágrafos suspensos sobre.
A voz penetrou o silêncio, caiu no mar, perdeu-se nas ondas - e o coração partido: pedaços boiando sobre as ondas no vaivém do mar. Tão débil a voz, tão inominável o sentimento misturado a esse mar tenebroso do viver, esse alarido de vozes silentes!
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