Certo dia da Islândia em plaga solitária
ia um poeta a vagar, levando o livro e a pena,
buscando um doce amém, uma frase serena,
que pudesse fechar sua obra literária.
Soluçava a seus pés cada onda tumultuária.
Os pássaros, cortando o azul da tarde amena,
passavam, lentos, no ar. Do poente a rubra cena
iluminava o mar de luz extraordinária.
Pelas ondas, então, foi à praia trazido
velho remo quebrado, em que ele a custo leu:
"Quantas vezes contigo eu cansei de lutar!"
E como quem encontra o que julgou perdido,
essa frase traçou, aos céus a fronte ergueu,
e, trêmulo, atirou a inútil pena ao mar.
Henry-Wadsworth Longfelow, Maine (EUA), 1807-1882 - Tradução de Ana Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça.
ia um poeta a vagar, levando o livro e a pena,
buscando um doce amém, uma frase serena,
que pudesse fechar sua obra literária.
Soluçava a seus pés cada onda tumultuária.
Os pássaros, cortando o azul da tarde amena,
passavam, lentos, no ar. Do poente a rubra cena
iluminava o mar de luz extraordinária.
Pelas ondas, então, foi à praia trazido
velho remo quebrado, em que ele a custo leu:
"Quantas vezes contigo eu cansei de lutar!"
E como quem encontra o que julgou perdido,
essa frase traçou, aos céus a fronte ergueu,
e, trêmulo, atirou a inútil pena ao mar.
Henry-Wadsworth Longfelow, Maine (EUA), 1807-1882 - Tradução de Ana Amélia de Queiroz Carneiro de Mendonça.
outro alguém, na força da juventude a irá encontrar (a pena)
ResponderExcluirbeijo
Bonito soneto.
ResponderExcluirAs palavras são só parte da navegação.
beijos.