Crescimento do silêncio a devorar as nuvens
Voo invisível e monótono das aves brancas do cérebro.
Florida e ondulada suspensão da mágoa.
As ferocidades são ternuras desmaiando na estepe adivinhada.
O amor abre goelas bocejantes nos côncavos da ausência do espaço.
E a morte espreitando a lentidão
Irradia baçamente a sua despedida.
Noite vazia,
As aves brancas do cérebro
Inutilmente abatem as suas asas!
Edmundo de Bettencourt, Funchal (Ilha da Madeira) - 1889-1973
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