Quanto mais se vive mais se morre. Sempre foi assim, desde que o mundo é mundo. E, à medida que os dias passam perdemos nosso tempo nesse planetinha habitado por uma infinidade de criaturas insignificantes, mesquinhas, mas sobretudo, dotadas de ideias megalomaníacas. Os ossos do corpo tornam-se frágeis para suportar o peso de tais cabeças entupidas de egoísmo, de ganância e de sede de poder.
Os ossos do ofício tornam-se oficiosos, ofídicos, ordinários. São como panos de limpar o chão: chega um tempo em que é obrigatório jogá-los fora, sob pena de contaminação de toda a nossa casa. Carcaças ambulantes, engravatadas, tentam conduzir
os destinos do país. A coluna vertebral, o alicerce da sociedade está contaminado pelo câncer, que avança
a passos largos sobre todos os membros desse alicerce.
Quantos gritos desesperados de dor, de fome, de injustiças e de mortes, serão necessários para que pratiquemos um exercício tão simples, mas fundamental, que é o movimento, a mudança desse estado de coisas, a troca de ideias, o intercâmbio, o
debate?
Tomaram de assalto nossa Casa Maior, que é o Congresso Nacional, enxovalharam a Constituição Federal, não querem mais "largar o osso", porque a
mamata é muito boa, é da grossa. E o pior de tudo:
é paga por nós, o povo brasileiro!
Un tremendo y lúcido alegato que subscribo con dolor, dolor por ese pueblo brasileño tan manipulado por unos y vapuleado por otros.
ResponderExcluirUn abrazo grande.
Olá, Cirandeira!
ResponderExcluirUm texto muito bem escrito e de uma lucidez real e inesgotável. Adorei! Parabéns!
Beijos de Portugal.