Passava dias traçando linhas noites percorrendo corpos com as mãos ía até os pés - caminhava pela cabeça contornava o rosto arqueava as sobrancelhas parava nos olhos. Difíceis de penetrá-los.
Torneava a cintura parava nos mamilos e escorregava no sexo
sem conseguir entrar na misteriosa caverna. Deu forma a figuras
que se tornaram imaginárias...
E, de tanto insistir nesse exercício suas mãos deformaram-se adoeceram de dor de cansaço. Tentando dar vida a criaturas inanimadas perdeu seu principal instrumento de trabalho: parte de
seu corpo foi incorporada àquelas linhas...
Dizem que existem abismos que nos fazem criar, outros nos paralisam.
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