O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo.
Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência, e
as coisas e os eventos.
O sentido dos gestos. O sentido dos produtos.
O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido.
Estes anseios/ensaios são incursões em busca de sentido. Por isso o próprio da natureza do sentido:ele
não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação.
Só buscar o sentido faz realmente, sentido.
Tirando isso, não tem sentido.
Paulo Leminski (Curitiba, 1944-1980), em
Ensaios e anseios crípticos.
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