Expressar o que se vê. Falar sobre o aqui e o agora, sem rodeios, como quem amola uma faca ou lava uma roupa suja, demanda coragem força e decisão. É verdade que o sol brilha lá fora, que ainda existem pássaros que cantam, mas que também existem aves
de rapina, papagaios que arremedam discursos, e pombos, centenas de milhares que espalham suas
fezes venenosas pelas ruas, praças e "palácios" do
mundo inteiro. E o que fazemos? Alimentamos esses
supostos símbolos da Paz!
O que digo aos meus botões não digo às margaridas,
muito menos aos "espadas de são jorge"; e aos coqueiros então? Nem pensar! Eles tudo propagam através dos ventos que batem em suas palmas distorcendo o som, misturando alhos com bugalhos.
Suspiro profundo! "Ovos em ponto de neve". O sol se
foi. Sua majestade, a Noite, chegou...
Assim como Baleia, a vira-lata de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, resta ainda um desejo de dormir
e acordar feliz, "num mundo cheio de preás, gordos,
enormes", ao contrário de muitos brasileiros "vira-latas", que "sonham" com um país cheio de pesadelos.
Corre alta a severina noite...
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