Ela chega de cara luminosa às seis horas e o seu nome é Manhã. Quando chove sacode os cabelos, retira a poeira das noites perambuladas e mal dormidas. Um mar vaza dos olhos, cai no solo formando ilhas sobre o rosto, e, nessa travessia é prazeroso ouvir seus esgares, a natureza em convulsão; os movimentos ondulares do coração separam as grandes marés que se alternam entre a noite e o dia.
***
Como se o teto fosse no chão
as estrelas se apagassem no firmamento
o coração galopasse pelas pradarias do corpo
em chamas
e tudo fosse silêncio
num alvoroço de línguas estranhas
e universais
Uma densa nuvem precipitou-se
levando consigo os andaimes de
uma catedral de papel
cujos sinos dobram-se em origamis
sob um céu que
não é azul.
La Naturaleza no nos necesita, es más, si desapareciéramos, ella seguiría lujuriosa adaptando sus ritmos.
ResponderExcluirTexto muy hermoso y poético, desperanzador el poema.
Un abrazo,