Existem ardis que de tão finos liquidam a si mesmos.
Franz Kafka
E quando a noite cai sobre a floresta do corpo que nos habita uma densa névoa nos envolve cerrando a cortina, nos imobilizando. A imensidão do mar percorre paisagens, descortinando as janelas dos meus olhos para uma viagem sem volta; sonho o sonho daqueles que acordam nus para outros dias. Hoje ardem os pés; amanhã o corpo arderá em chamas, até transformar-se em pó e espalhar-se como poeira pelo Universo. Do outro lado do espelho, sangra a floresta, de dor; do lado transverso, chora uma rabeca evocando outros tempos; tempos de açaizeiros, buritizeiros, baobás, jacarandás e paus-brasis; de sabiás, uirapurus, tico-ticos, asas brancas. O canto da rabeca se desdobra, nos alertando que o espetáculo é finito. Cerraram-se as cortinas e já não há o que aplaudir quando o dia amanhece... Tudo flui e nada permanece, já dizia Heráclito.
Olá Cirandeira
ResponderExcluirGostei de ler seu texto!
Queria pedir um favor. Publiquei o meu livro. Está à venda na net. Poderia divulgá-lo entre
seus amigos e conhecidos?
https://www.livrariaatlantico.com.br/pd-8b0001-ondjira-a-rota-do-sul-namibiano-ferreira.html
Obrigado
Olá Namibiano, não consegui localizar o endereço acima. Daria para você enviar-me mais detalhes?
ResponderExcluirUm abraço
No meu blog, no topo tem uma foto do livro. Se clicar na imagem vai ter a um site. Escolha a moeda (Reais). Talvez assim seja mais facil. Obrigado
ResponderExcluirOk, Namibiano; já divulguei o seu livro para alguns contatos.
ResponderExcluirUm abraço