Quando o mar não quebra na praia, mais cedo ou mais tarde arrebentará com muito mais força na sua orla; torrentes de ondas tormentosas surgirão de forma avassaladora e inesperada, destruindo o que estiver à frente dele. O vento que sopra sobre as areias do deserto, e a poeira que alevanta, forma miragens visuais. O seu canto nos lembra as antigas e traiçoeiras sereias que tentaram iludir Ulisses em sua odisseia. Assim como o mar, as ondas cerebrais vão e vêm, mas quando arrebentam não têm volta: transformam-se em curtos circuitos, queimam e ficam desconectadas, provocando distúrbios mentais, desequilíbrios sociais. Tanto mar, tanto amor, e tantas ilhas de ódio a dividir continentes humanos...!
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