Porque era noite e muitos não sabiam que as nuvens se acumulam assim como se dispersam. Porque era dia e todos ficaram sabendo até quando brilha o sol. Porque o além jamais chega, já que ele está sempre à frente. A busca é eterna para que o sonho permaneça. Os dois viviam no cabresto, até que um dia, sem querer, querendo, a aliança que existia entre eles se rompeu. Subiram pela espiral da escada a cantar "tu és divina e graciosa, estátua majestosa". Camas separadas, colchão mole, colchão duro, canja de galinha e pirão. Ah, como é lindo o amor!?
E o silêncio dormiu à beira-mar na boca sem dentes da Noite, que "cordialmente" tentou vingar-se das perversas arbitrariedades cometidas ao arrepio da lei vigente. A boca que não falava agora grita para um silêncio ensurdecedor.
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