Aquele rio era como
um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo d'água
da água do cântaro,
dos peixes do cântaro,
dos peixes de água
da brisa da água.
Sabia dos caranguejos,
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
Muito bom!
ResponderExcluirNão conhecia.
Obrigado.
Agradecida fico eu pela tua visita!
ResponderExcluirComo sempre... boas coisas você nos trás.
ResponderExcluirA foto é impressionante, o rio parece petrificado. Gostei.
Beijo
Rsrs, vi sim, Cirandeira! Deixei um comentário no seu blog, por isso mesmo, explicando que eu havia editado um post antigo ("ACALANTO AO PESCADOR"), anexado outra música do nóbrega, "CHEGANÇA", e um vídeo da mesma! Achei que iria gostar... Afinal, já havia comentado sobre aquela letra, e é fã deste mestre popular! Visse? Rsrsrs! bj, Tau!
ResponderExcluir