Rota de Huila, Angola
Áridas palavras,
Refratárias, secas
Arestas de fragas
Secretando uma água
Morosa, suada,
Que não mata a sede.
São pedras na boca.
Rolam balbuciantes
Buscando um sentido.
Uma quer ser beijo.
Outra quer ser lágrima.
Não basta dizê-las.
Elas querem ser
Mais do que palavras.
Como captarei
A ideia sem fim
(Não sei de onde vem)
Que tenta exprimir-se...
Áridas palavras
Para as bocas ávidas.
Dante Milano, Rio de Janeiro. (1899-1991)
as palavras como pedras, como não me lembrei isso antes?
ResponderExcluirbeijo
Maravilhoso, Cirandeira! Ele é bom demais.
ResponderExcluirBjss
me emocionei...
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