DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

06/08/2018

As Catilinárias de Cícero




Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!


As Catilinárias de Cícero são uma série de quatro discursos pronunciados por Marco Túlio Cícero, cônsul do senado romano em 63 a.C.
O primeiro e o último destes discursos foram dirigidos ao senado de Roma; os outros dois foram proferidos diretamente ao povo romano. Todos quatro foram compostos para denunciar explicitamente o senador Lúcio Sérgio Catilina, que planejava com seus seguidores, derrubar o governo republicano para obter riqueza e poder.

Marco Tulio Cícero advogado, orador, escritor e filósofo romano (63 a.C.- 43 a.C.). Foi morto e esquartejado: suas mãos e sua cabeça foram exibidas no Fórum Romano, por ordem do imperador
Marco Antônio, seu inimigo político.

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