Há dez anos ingressei na blogosfera. Naquela época, acreditava, ingenuamente, que teria uma excelente oportunidade de trocar ideias, de criar novos relacionamentos, de aprofundar conhecimentos até então pouco amadurecidos. Dedicava muitas horas do meu tempo disponível para pesquisar antes de fazer uma postagem. Aos poucos fui percebendo que
não era bem assim, que todo o trabalho que dispendia, mal e mal, recebia como resposta, na maioria esmagadora das postagens, uns simples comentários: "adorei", "amei". Fui me apercebendo também, da necessidade que muitas pessoas têm de autoafirmar-se, de suas vaidades, de seus narcisismos quase patológicos. Todos nós temos defeitos, somos vulneráveis, imperfeitos porque humanos. Quando não admitimos isso nos tornamos arrogantes, irascíveis, inflexíveis, como se fôssemos os donos da verdade. Mas não existe apenas uma verdade; cada um quer ter a sua, esquecendo-se que
um fato pode ter (e tem), várias versões. Pensei várias vezes em sair da blogosfera, "é perda de tempo", dizia aos meus botões...Após uma década pensando sobre isso, chego à conclusão que, ainda assim, vale a pena! Independente de ter mais, ou menos seguidores, pouca ou nenhuma "clicada", na pior das hipóteses, aumento meus conhecimentos, alargo minha capacidade de reflexão, de espírito crítico, posso me tornar uma pessoa humana melhor!
Nesses tempos sombrios que atravessamos, onde as pessoas têm se utilizado do anonimato e de bodes expiatórios para destilar o seu ódio, seu racismo, sua homofobia, nada mais me causa espanto. Chego à conclusão, que a humanidade ainda está engatinhando, que as tartarugas caminham mais rápido que os humanos. Estes, julgam-se "animais superiores", mas as tartarugas, quando não são perseguidas e mortas por eles, vivem até 200 anos!
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