Hyeronimus Bosch, Nau dos insensatos
I - Nestes tempos de inimigos, (invisível e visível), venho tentando construir um barco de papel numa tela virtual para navegar, a despeito da tempestade que se avizinha. A tarefa é árdua e difícil. Receio que ela esteja apenas começando; estou insegura e angustiada; não sei se ou quando terminarei a construção desse barco. Há uma longa travessia a ser
percorrida. Ainda assim, continuarei tentando: um dia de cada vez. Meu coração não se cansa de bombear sangue para os rios que trafegam para outros corações que estão neste mesmo barco. O mar está revolto, repleto de embarcações de insensatos. Tempestades e intempéries fazem parte dessa longa travessia que é o viver. NAVEGAR É PRECISO!