O couro que me cobre a carne
come minha pele
come o sangue que corre
em minhas veias
come minha alma
O couro que me cobre a carne
cobre a tua, e a de todos nós
bebe o sangue que te corre
pelas veias suga o ar que todo
respiramos
O couro come a todos
noite e dia, de sol a sós -
todos vós - sem vozes
E ai dos que sobem para
os muros, dos que habitam
nas copas ou nas cabanas...
O sol queimará, inclemente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário