Berna Reale
Quase tudo passa através do fio da vida que vai ligando e desligando os pontos que tecem a trajetória da humanidade; passam a primavera, o outono, o inverno e o verão. Pragas, incêndios, devastações, que são arrastadas com a força dos ventos e a inoperância dos poderes constituídos. Volare, cantare pero no mucho. O ar que respiramos está contaminado. Désolée, il faut aller à la recherche du temps perdu. Mas, que nada!, o tempo não para, ele voa e não volta, "é pau, é pedra, é o fim do caminho", cantou Tom Jobim; quando pensamos entrar no navio ele já partiu, e ficamos a ouvir o apito do trem, a última chamada pelo autofalante do aeroporto. Porca miséria! O navio estava cheio de ratos, dizemos, como dizia a raposa sobre as uvas, estavam verdes...Há males que vêm para o bem. Será? Mehr licht, mais luz! Mesmo que seja no fim do túnel. As cavernas são objetos de estudos para os arqueólogos e cientistas. É assim que tem sido o fim e o começo de tudo na história do planeta e da humanidade. Negar a realidade dos fatos é querer apagar a luz do sol. O velho e o novo se amalgamam para dar vida a outro ser, dando continuidade à convivência existencial.
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