Amar é avermelhar-se de paixão; é corar e descorar-se em simetrias no arco-íris do nadir. E se nada é o mesmo que nadir, nada-se no seco dos olhos afogados na tempestade da dor...
As mãos, como os pés, podem fazer longas caminhadas através do som - deslizam sobre teclados de pianos, de sanfonas; seus dedos dedilham entre as cordas de um violão, nos levam além e alhures sob as cordas de um violino. As mãos são nossos retransmissores cerebrais.
Vou folheando os dedos, passando as páginas, revendo estórias escritas. Por quantas mãos? O ovo ou a serpente? O pensamento voa levando consigo ideias que não têm dono, que se multiplicam, se desdobram, e adquirem outras interpretações, outros significados: mentiras de outrora, hoje transformadas em "verdades". Mãos e pés às vezes dão passos desencontrados, por caminhos tortuosos, mas a caminhada há de prosseguir...!
Adorei este texto, Cirandeira peço permissão para postá-lo no meu outro blog, Cores & Palavras...
ResponderExcluir"nada-se no seco dos olhos afogados" subtil, belo e poético.
Obrigada, Namibiano. Pode postar, é uma honra para mim!
ResponderExcluirUm abraço
https://coresepalavras.blogspot.com/2021/09/do-blog-cirandeira.html
ResponderExcluirMuito belo, Cirandela!
ResponderExcluirVocê muito talentosa e devia inbteragir com outros poetas, Fazia-lhe bem.
Saúde e tudo bom.
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Oh Majo, quanta gentileza! Ao publicar o que escrevo, estou tentando interagir com as pessoas. O retorno independe do meu querer...!?
ResponderExcluirO seu blog é belíssimo, faz bem aos olhos e ao coração. A partir de hoje, serei uma seguidora.
Tudo de bom pra você!