DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

15/09/2021

Folhas ao vento




Amar é avermelhar-se de paixão; é corar e descorar-se em simetrias no arco-íris do nadir. E se nada é o mesmo que nadir, nada-se no seco dos olhos afogados na tempestade da dor...

As mãos, como os pés, podem fazer longas caminhadas através do som - deslizam sobre teclados de pianos, de sanfonas; seus dedos dedilham entre as cordas de um violão, nos levam além e alhures sob as cordas de um violino. As mãos são nossos retransmissores cerebrais.

Vou folheando os dedos, passando as páginas, revendo estórias escritas. Por quantas mãos? O ovo ou a serpente? O pensamento voa levando consigo ideias que não têm dono, que se multiplicam, se desdobram, e adquirem outras interpretações, outros significados: mentiras de outrora, hoje transformadas em "verdades". Mãos e pés às vezes dão passos desencontrados, por caminhos tortuosos, mas a caminhada há de prosseguir...!

5 comentários:

  1. Adorei este texto, Cirandeira peço permissão para postá-lo no meu outro blog, Cores & Palavras...
    "nada-se no seco dos olhos afogados" subtil, belo e poético.

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  2. Obrigada, Namibiano. Pode postar, é uma honra para mim!

    Um abraço

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  3. https://coresepalavras.blogspot.com/2021/09/do-blog-cirandeira.html

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  4. Muito belo, Cirandela!
    Você muito talentosa e devia inbteragir com outros poetas, Fazia-lhe bem.
    Saúde e tudo bom.
    ~~~

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  5. Oh Majo, quanta gentileza! Ao publicar o que escrevo, estou tentando interagir com as pessoas. O retorno independe do meu querer...!?
    O seu blog é belíssimo, faz bem aos olhos e ao coração. A partir de hoje, serei uma seguidora.
    Tudo de bom pra você!

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