Olhar o rio que é de tempo e água,
E recordar que o tempo é outro rio.
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água.
Mas a alma em meio à ruidosa monotonia da vida,
continua a ouvir uma voz que vem nos intervalos.
Continua a chorar ao ouvir uma melodia que não havia.
Continua a ouvir a fala de um estranho que vive em nós,
e que nos visita nos sonhos.
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