Platão e Aristóteles, de Rafaello Sanzio
A noção de que certos livros se destinam aos olhos de certos grupos é quase tão antiga quanto a própria literatura. Alguns estudiosos sugeriram que, tal como a epopéia e o teatro gregos tinham como alvo
primário uma platéia masculina, os primeiros romances gregos destinavam-se
provavelmente a uma platéia predominantemente feminina. Embora Platão
escrevesse que na sua república ideal a escola seria compulsória para ambos os sexos, um dos seus discípulos, Teofrasto, argumentava que se deveria ensinar às mulheres apenas o suficiente para administrar um lar, porque a educação avançada "transforma a mulher numa comadre preguiçosa e briguenta."
Uma vez que a alfabetização entre as mulheres gregas era baixa (ainda que se tenha sugerido que as cortesãs fossem "perfeitamente letradas"), escravos instruídos liam os romances em voz alta para elas. Devido à sofisticação de linguagem dos autores e ao número relativamente pequeno de fragmentos que sobreviveram, o historiador William V. Harris sustentou que esses romances não eram muito populares, sendo antes a leitura amena de um limitado público feminino com certo grau de instrução.
Uma História da Leitura - Alberto Manguel, ensaísta, tradutor, organizador de antologias e romancista argentino, naturalizado canadense.
A noção de que certos livros se destinam aos olhos de certos grupos é quase tão antiga quanto a própria literatura. Alguns estudiosos sugeriram que, tal como a epopéia e o teatro gregos tinham como alvo
primário uma platéia masculina, os primeiros romances gregos destinavam-se
provavelmente a uma platéia predominantemente feminina. Embora Platão
escrevesse que na sua república ideal a escola seria compulsória para ambos os sexos, um dos seus discípulos, Teofrasto, argumentava que se deveria ensinar às mulheres apenas o suficiente para administrar um lar, porque a educação avançada "transforma a mulher numa comadre preguiçosa e briguenta."
Uma vez que a alfabetização entre as mulheres gregas era baixa (ainda que se tenha sugerido que as cortesãs fossem "perfeitamente letradas"), escravos instruídos liam os romances em voz alta para elas. Devido à sofisticação de linguagem dos autores e ao número relativamente pequeno de fragmentos que sobreviveram, o historiador William V. Harris sustentou que esses romances não eram muito populares, sendo antes a leitura amena de um limitado público feminino com certo grau de instrução.
Uma História da Leitura - Alberto Manguel, ensaísta, tradutor, organizador de antologias e romancista argentino, naturalizado canadense.
no entiendo, él autor quitó el tema?
ResponderExcluirÉ um livro maravilloso...¿viste as pinturas en que a Virgem María usa gafas?
ResponderExcluirAbrazo.
No, Reltih, hubo solamente un problema técnico
ResponderExcluircon el blogger...!Cosas de la internet, comprendes?
Un abrazo
Pois é, Cirandeira, como os tempos mudam, né? Hoje, estão "Lendo Lolita em Teerã", hehehe!
ResponderExcluirBjoo!!
Já é alguma coisa, né mesmo ?
ResponderExcluirMas o caminho é íngreme e pedregoso, e longo,
muito longo...!
Esse livro é maravilhoso...Li emprestado e depois acabei comprando um pra mim, não consegui não tê-lo.
ResponderExcluirbeijo