Alma (des) encontrada
Arranquei os espinhos do teu corpo
com os dentes
e lambí meus lábios
com os tentáculos de minhas mãos vazias.
Arranquei os dentes de teus espinhos
e pisei as tuas curvas de serpente
que me furaram a pele
e me deixaram surdo.
Arranquei o corpo dos teus espinhos
e a essência do teu perfume
cegou-me o ego.
Arranquei os espinhos do teu corpo
com os dentes
e tento sair do labirinto
de não ser mais eu.
Marataoã
O rio corre em meu coração
e separa os sentimentos da areia.
A vaga da água vai
virando pó em pensamento
e a estrada encurta distâncias.
O rio viaja no horizonte
onde dançam os cabelos das carnaúbas
e soluçam os olhos do sol.
O rio corre em meu coração
e deságua nas correntezas do caminho.
Dilson Lages Monteiro, poeta piauiense, nascido em Barras do Marataoã em
1973. É autor de "Os olhos do silêncio", "O sabor dos sentidos" "+ Hum " (poemas)
Cirandeira querida,
ResponderExcluirBela composição!
Passei pelo blog recuperando o tempo de ausência.Gosto muito do seu trabalhop.
Beijos,
Cris
Você faz bem em divulgar o poeta, Cirandeira!
ResponderExcluirBjoooo!!
Oi, amiga!
ResponderExcluirDois grandes amigos opinaram antes de mim. Faço deles as minhas palavras.
Parabéns, Cirandeira!!!Bjsss
Gostei do poema, Cirandeira.
ResponderExcluirKandandu