Dizer que belo e feio são relativos aos tempos e às culturas (ou até mesmo aos planetas) não significa, porém, que não se tentou, desde sempre, vê-los como padrões definidos em relação a um modelo estável. Pode-se sugerir também, como Nietzsche no Crepúsculo dos ídolos, que "no belo o ser humano se coloca como medida da perfeição." (...) "adora nele a si mesmo (...) No fundo, o homem se espelha nas coisas, considera belo tudo o que lhe devolve a sua imagem(...) O feio é entendido como sinal e sintoma da degenerescência(...) Cada indício de esgotamento, de peso, de senilidade, de cansaço, toda espécie de falta de liberdade, como a convulsão, como a paralisia, sobretudo o cheiro, a cor, a forma da dissolução, da decomposição (...) tudo provoca a mesma reação: o juízo de valor 'feio'. (...) O que odeia aí o ser humano? Não há dúvida: o declínio de seu tipo".
Em História da Feiúra, Organização de Humberto Eco - Editora Record
O homem, qual criancinha, ainda está na fase do tacto...
ResponderExcluirBeijo :)
Se Humberto Eco falou...
ResponderExcluirÉ isso aí!
Beijinhos