Mulher esférica, Jorge Jimenez Deredia
A silabar que o poema é estulto
o amado abre os dentes e eu deslizo;
sismos,orgasmos tremem-lhe no olhar
enquanto eu, quase a rimar, exulto.
Conheço toda a terra só de amar:
sem nós e sem desvãos, um corpo liso.
Tenho o mênstruo escondido num reduto
onde teoricamente chega o mar.
Nos desertos-íntimos, insuspeitos-
já caem com a calma as avestruzes
ou a distância, com os oásis, finda;
à medida que nos arcaicos leitos
se vão molhando vozes e alcatruzes
ao descerem ao fundo pego, e à vinda.
A silabar que o poema é estulto
o amado abre os dentes e eu deslizo;
sismos,orgasmos tremem-lhe no olhar
enquanto eu, quase a rimar, exulto.
Conheço toda a terra só de amar:
sem nós e sem desvãos, um corpo liso.
Tenho o mênstruo escondido num reduto
onde teoricamente chega o mar.
Nos desertos-íntimos, insuspeitos-
já caem com a calma as avestruzes
ou a distância, com os oásis, finda;
à medida que nos arcaicos leitos
se vão molhando vozes e alcatruzes
ao descerem ao fundo pego, e à vinda.
Luíza Neto Jorge, Lisboa (1939-1989)
Lindos! Poema e escultura. Há a beleza feminina escancarada em ambos...
ResponderExcluirSempre grato por nos propiciar esses contatos, amiga!
UN PENSAMIENTO MÁS QUE INTERESANTE!!!
ResponderExcluirUN ABRAZO
muito belo o soneto! li alguns poemas dela recentemente, gostei bastante.
ResponderExcluira escultura é um aconchego para si mesmo.
beijo grande, Ci!