Sou a sombra que deseja e sou a sombra que te escreve
entre a saliva suave e o metal da alegria.
Giram as laranjas de fogo, as gargantas as ondas.
O teu corpo é um arbusto violento, um animal vibrante.
Quero ser a espuma dos teus ombros, o canto dos teus músculos.
Toco a madeira dos teus flancos límpidos, bebo
as sílabas de um pequeno bosque, ando na sombra
do teu sangue, escrevo os latidos do teu sexo,
escrevo as últimas lâmpadas do teu corpo,
acaricio sombras e sombras entre espumas.
Escrevo agora a sombra mais feliz das veias sossegadas.
Abrem-se as portas delicadas de um jardim.
A substância mais frágil é o silêncio do corpo.
Leio as sílabas lisas do repouso
Estou no centro de uma estrela sou o seu obscuro ardor.
ANTONIO RAMOS ROSA, em Animal olhar - Escrituras, São Paulo, 2005
sesse é phoda.
ResponderExcluircom PH - D.
Tira o fôlego...nossaaaa!!!
ResponderExcluirA-do-rooooo....
Beijos, Ci
O Ramos Rosa me tira o fôlego. Nosaaa...
ResponderExcluirA-do-rooo...
Bjos, Ci.
Belo!
ResponderExcluirE prontes... é tudo!
Saudações minhas!
PROFUNDO Y PASIONAL.
ResponderExcluirUN ABRAZO