Bacia d'água. Beiço de gamela. Porta sem tramela. Palavra que espera no coradouro um frouxo falar. O anel de ciranda faz travessias numa rede de palavras sustentadas por armadores que se movimentam de norte a sul de leste a oeste ainda que presos nas paredes da casa. Cirandeia num mar de palavras que nadam como peixes fugindo das redes, escapulindo das armadilhas dos anzóis. É um mar de dureza a vida entre palavras - umas simples e belas outras sofisticadas, de difícil expressão - nem todas ficam à vontade em qualquer boca. A língua se enrola na palavra ou então desembesta feito louca se liberta e vai s'imbora, não tem dinheiro ou conselho que a segure. Porque nem sempre ela quer conversa com alguém: pode ser dor como pode ser alegria, dá saltos no escuro e pode surgir sombria e de repente é lua que brilha no alto.
Prateada, Palavra!
Aqui a palavra faz ciranda e brilha, prateada ou da cor que se a ler... Belíssimo texto!
ResponderExcluirBeijo, minha amiga!
UNA LÍRICA HERMOSA.
ResponderExcluirMaravilha de texto!!!
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