Felippo Bentivegna nasceu na Sicília em 1888. Aos 25 anos emigrou para os EUA. Lá, apaixonou-se por uma americana. Por causa desse amor entrou em duelo com um rival, que desfechou-lhe um golpe na cabeça fazendo-o perder a memória. Em razão de sua incapacidade para trabalhar, foi mandado de volta à Itália. Após a Segunda Guerra Mundial, Bentivegna foi considerado desertor e condenado à prisão por três anos. Submetido a exames psiquiátricos foi considerado louco e posto em liberdade. Resolveu então comprar um lote de terra nas encostas do Monte Kronio, região rica em rochas calcáreas, onde construiu seu "castelo encantado", com centenas de cabeças humanas. Era ridicularizado pelos vizinhos, que o chamavam de louco por seu comportamento bizarro.
Quando lhe perguntavam por quê esculpia em pedras, respondia:
" Buscando a Grande Mãe dentro da terra. Ela é a semente do homem."
Faleceu aos 79 anos de idade, em 1967. Boa parte de sua obra foi perdida. Durante muito tempo ficou no abandono, exposta às intempéries do tempo e sujeita a destruição de vândalos e a saques.
Encantada com o que li.
ResponderExcluirbeijos amiga.
Bom domingo para você.
"Buscando a Grande Mãe dentro da terra. Ela é a semente do homem." Isto é lucidez, não é loucura. Que história incrível, Cirandeira. Vou procurar conhecer mais sobre a obra e a vida de Felippo Bentivegna.
ResponderExcluirObs: A pintura que ilustra meu poema não é minha, é da minha coleção de sumi-ês, que eu adoro. Infelizmente a maioria não tem os créditos e circulam anônimas por ai. beijo.
Que trajetória incrível a deste homem!
ResponderExcluirLouco? Claro que a Grande Mãe mora dentro da terra. Não, quem sabe ... dentro do mar? He he