René Magritte
De cacos, de buracos,
De hiatos e de vácuos
De elipses, psius
Faz-se, desfaz-se, faz-se
Uma incorpórea face
Resumo do existido.
Apura-se o retrato
Na mesma transparência:
Eliminando cara
Situação e trânsito
Subitamente vara
O bloqueio da terra.
E chega àquele ponto
Onde é tudo moído
No almofariz do ouro:
Uma Europa, um museu,
O projetado amar,
O concluso silêncio.
Carlos Drummond de Andrade, in Boitempo
[para a velha Europa que nem se assume viúva, nem tão pouco celibatária]
ResponderExcluirum imenso abraço,
Leonardo B.
No fim, o mundo é mesmo uma demolição e a gente uns tolos a se construir sobre um terreno movediço, mas, sem a obra, não tem graça a vida!
ResponderExcluirbeijo