Herança de morte
Lírios em mãos de carrascos
Pombal à porta de ladrões
Filho de mulher à boca do lixo
Feridas gangrenadas sobre pontes quebradas
Assim construímos África nos cursos de herança e morte
Quando a crosta romper os beiços da terra
O vento ditará a sentença aos deserdados
Um feixe de luz constante na paginação da história
Cada ser um dever e um direito
Na voz ferida todos os abismos deglutidos pela esperança.
Amélia Dalomba, Cabinda (Angola), 1961
Tela de Eleutério Sanches, pintor angolano de Luanda
MERA ESTIRPE DE LA TIERRA!!!!
ResponderExcluirGRACIAS POR COMPARTIR.
UN ABRAZO
Na voz ferida da Mãe África a esperança habita. Ci, onde você consegue tanta coisa boa?[risos]
ResponderExcluirA morte física já não me assusta mais, minha amiga. Embora, com o passar do tempo, dela nos aproximemos mais. Não falo pela minha religiosidade natural, falo porque meu medo cessou. Veja, o oriental não teme, ele não valoriza o ego, mas nós, sim. Acho que é por aí...
Não a temo, nem a procuro, viver um dia de cada vez, minha meta. Mas incutiram nas nossas mentes esse medo trágico e tolo. Por que? Para nos dominar. Seria coisa do sistema? Nossa, já entramos na questão capitalista.Melhor parar por aqui.
Amiga querida, um ótimo final de semana e compre suas sardinhas, pois Fortaleza tem um pescado delicioso e sardinha tem ômega 3, muito bom para o coração. Fritas no azeite, já pensou?
Ai, chega!Hahahaha.
Beijão!!!
gosto da poesia denúncia...
ResponderExcluirEsse animal que aparece nessa imagem do cabeçalho só falta falar! É desafiador, e reforça o poema (fortíssimo!) da poeta.
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