Sir Charles Sherrington (Londres, 1859-1952) foi um dos primeiros neurocientistas a reconhecer a natureza distribuída do pensamento ao demonstrar que funções neurológicas básicas, como os arcos reflexos espinhais, dependem da cooperação contínua de múltiplas estruturas periféricas e centrais. Ao definir que essa colaboração entre estruturas neurais caractrizava um sistema integrado, ele ajudou a lançar a área de pesquisa conhecida como neurociência de sistemas. Curiosamente, apesar da magnitude impressionante de seu trabalho experimental, Sherrington também se dedicava à literatura, como forma de expressar suas teorias sobre a mente humana. No livro O homem em sua natureza, ele usou de uma prosa quase poética para descrever sua intuição sobre o funcionamento íntimo do cérebro:
"O cérebro está acordando e com ele a mente retorna. Como se toda a Via Láctea entrasse, subitamente, numa dança cósmica, a massa de tecido neural se transforma num tear encantado no qual milhões de lançadeiras tecem, instantaneamente, um padrão etéreo, um padrão sempre cheio de significado, mas nunca definitivo; uma harmonia de padrões, sempre em fluxo."
Em Muito além do nosso eu, de Miguel Nicolelis, nascido em São Paulo, formado em medicina e doutorado pela Universidade de São Paulo. Atualmente
está à frente de um grande laboratório na Universidade de Duke (EUA).
MUY INTERESANTE DEFINICIÓN. GRACIAS POR COMPARTIR.
ResponderExcluirUN ABRAZO
Nada mais poético do que a neurociência. Que bela analogia nesse via-láctea em rede neuronal!
ResponderExcluirMais um achado do teu garimpo, Cirandeira.
Grato.
Abç fra/terno