Entre ir e ficar hesita o dia,
de sua transparência enamorado.
A tarde circular é já baía:
em seu quieto vaivém se mexe o mundo.
Tudo é visível e tudo elusivo,
tudo está perto e tudo é intocável.
O lápis, os papéis, o livro, o vaso
abrigam-se na sombra de seus nomes.
Pulsar do tempo, latejar-me à fonte,
teimosa, a mesma sílaba de sangue.
A luz tece no muro indiferente
um espectral teatro de reflexos.
Bem no centro de um olho me descubro:
não me fita, me fito em seu olhar.
O instante se dissipa. Sem mover-me,
eu me quedo e me vou: sou uma pausa.
Octavio Paz, México - 1914-1998 - Trad. Anderson Braga Horta
Olá! Cirandeira,
ResponderExcluirEstive sumida porque não estava
conseguindo postar nem aqui, nem
no Mínimo.
Procurei no blog do Caio um e-mail
para solicitar autorização e pedir
para publicar o trecho escolhido.
Não encontrei.Errei. Não pedi a
autorização, mas tomei cuidado em
mencionar os créditos ( nome do
autor, bio e link do blog " CAIO
NAS PALAVRAS" para que todos
pudessem ler o artigo na íntegra.)
Eu não me importo nem um pouquinho
se você quiser pegar o quadro azul com o trecho para publicá-lo aqui.
Coloque os créditos, como eu fiz,
para evitar problemas.
bjs
Cristina Sá
http://cristinasaliteraturainfantil
ejuvenil.blogspot.com
"Bem no centro de um olho me descubro:
ResponderExcluirnão me fita, me fito em seu olhar.
O instante se dissipa. Sem mover-me,
eu me quedo e me vou: sou uma pausa."
Ci, poesia intemporal!
(Essa foto aí em cima está o máximo. Que desafio de voo...!)
Beijo :)
Que alegria te ver por aqui, Agostinho!!!
ResponderExcluirbeijos :)
Cris, obrigada; não conseguí copiar
ResponderExcluiro que publicaste em teu blog, mas copiei do blog do Caio. Não te preocupes, pq não costumo postar sem os devidos créditos, acho muito importante creditar a quem de direito, mão é?
beijos