Saudades de mim, da chuva que me caía em pedaços de estrelas cintilantes chicoteando meu corpo, sussurrando em meus ouvidos um cantar de pássaros à procura de seus ninhos; saudade da chuva que regava meu verde bosque perfumado de fragrâncias primaveris, pleno de abismos inexplorados.
Saudades de um não-ser querendo ser e não-sendo o desejado, germinando entre arbustos mergulhados em águas profundas e desconhecidas; uma saudade misturada ao vivido e ao que ainda está por vir ou ao que jamais será vivido.
Uma saudade da não-saudade, do Nada, do antes de existir, sem ter morrido, sem ter nascido.
Uma saudade metafísica, talvez?
Gosto muito dessa temática. Texto muito belo muito, que faz refletir o que a memória guarda e fantasia e as expectativas que nos geram. Grande abraço, amiga!
ResponderExcluirESE BENDITO ABSTRACTO INSPIRADOR. EXCELENTE TEXTO. GRACIAS.
ResponderExcluirUN ABRAZO