ontem
quebrei as sombras e vi
mosaicos de palavras saltarem
pelos ares, imagens transparentes
projetadas sobre um leito de
verbos silentes em bocas fechadas
aos pés de uma página que
o tempo amarelou algumas
palavras tentam sobreviver
amontoadas e sozinhas
juntas mas separadas
desarticuladas...
hoje
a língua dorme em
redes de aparentes conexões
embalada por uma sinfonia
de pombos e pardais
predadores
hoje
a língua dorme em
redes de aparentes conexões
embalada por uma sinfonia
de pombos e pardais
predadores
ainda assim quero
tua boca cheia
de mentiras!
Disfruto mucho leyendo en portugués, "ainda" que no me atrevo a escribirlo, lo entiendo bastante bien.
ResponderExcluirMe ha sorprendido el giro del poema con los tres últimos versos, que le dan mucha fuerza a ese lamento.
A veces abusamos de las palabras, teorizamos sobre la vida en vez de vivirla.
A veces, también preferimos que nos mientan al silencio o el vacío.
Un beso, poeta.
Os pardais e bichos predadores sempre tentarão nos transviar das palavras certas, Ci. Entretanto, ainda podemos escolher uma "mentira nobre" como o náufrago busca um tronco de árvore em terrível corredeira. Esse é que é um poema forte! Beijos, amiga! [Grande e enigmático layout]
ResponderExcluirUN TEXTO MUY VERTICAL!!!!
ResponderExcluirUN ABRAZO
Ci, e ainda dizes que não é poeta? Ah!!!! Vi a força do poema...
ResponderExcluirBeijos,