Todos os dias me apoio em qualquer coisa
ando, como, esqueço
alguma coisa aprendo
e desaprendo
alguma coisa limpa nua grave
surge
ao lado passa
eu não sou este desejo
que às vezes arde
alto sobre o chão
Não encontrarás aqui a fluência
de algum ventre polido ou verso límpido
porque estas palavras conhecem as paredes
que não ouviram a angústia e a vertigem
mas têm o sal das lágrimas obscuras
para sempre ignoradas para sempre futuras
nem ouvirás o som das aves frias
mas sentirás o arrepio de sombras sobre as pedras
ouvirás talvez um suor de silêncio
Antologia Poética, Edições Dom Quixote
ando, como, esqueço
alguma coisa aprendo
e desaprendo
alguma coisa limpa nua grave
surge
ao lado passa
eu não sou este desejo
que às vezes arde
alto sobre o chão
Não encontrarás aqui a fluência
de algum ventre polido ou verso límpido
porque estas palavras conhecem as paredes
que não ouviram a angústia e a vertigem
mas têm o sal das lágrimas obscuras
para sempre ignoradas para sempre futuras
nem ouvirás o som das aves frias
mas sentirás o arrepio de sombras sobre as pedras
ouvirás talvez um suor de silêncio
Antologia Poética, Edições Dom Quixote
Todos los días trato como el poeta de aprender algo nuevo, de deshacerme de lo que ya está caduco, de reír porque la vida es hermosa, de llorar porque también está llena de sombras.
ResponderExcluirUn hermoso poema.
Besos