Tomei por arte
a pretensão do infinito
e uma ousada aspiração de eternidade
Mas vejo Hemingway
os dois canos de espingarda na boca,
Villa-Lobos passando giz no taco de bilhar,
Picasso segurando aquela sombrinha,
a mão ingênua de Pasolini apoiando o queixo,
Rimbaud traficando armas na África,
Fellini de pés descalços numa praia de Rimini
E eu aqui caneta, papel
e dois tostões de poesia.
O infinito é maior
*****
dá-me o prazer?
a mim não importa a janela
nem a vida
muito menos a porta
de entrada
ou de saída
sou mais é participar da miragem
e bailar entre os espelhos
Paulo José Cunha, jornalista, escritor e poeta piauiense.
UN TEXTO MUY SIGNIFICATIVO. GRACIAS.
ResponderExcluirBESOS
Tu sabias, Ci, que esse pessoal do Piauí tem umas coisas poéticas fora de série? Aliás, as pessoas tendem a rotular a "cultura nordestina" como uma coisa uniforme, mas nós que somos de lá, sabemos que há "diferenças" entre cada estado nordestino. Mas isso já é outro papo. Amiga, aquela história da princesa da perna fina também rendia boas gargalhadas em nossa família, mas papai que recitava o cordel com seriedade, ficava muito bravo com a gente [risos].
ResponderExcluirAh, pra não perder o embalo, fui no "Ajuste Mínimo" e, lógico, adorei, mas não dá pra comentar, não é mesmo? Enfim, já passo por lá sempre que venho por essas bandas de cá, e é aquele banho de arte e inteligência. Amiga, um gostosíssimo fim de semana! Bjsss
Gente de veia poética boa do Piauí! É preciso descobrir esse Brasil...
ResponderExcluirBeijos, Ci.