De tanto caminhar já sentia na planta dos pés as agulhadas daquelas minúsculas pedrinhas de pó infiltradas em sua carne: ardiam, estavam em brasas os pés e aquele ardor irradiava-se pelas pernas subiam pelas coxas afogueando seu ventre prenhe de estórias por nascer.
Na ilha onde se encontrava não havia glicínias azuis. Quando acordou viu ao redor a vastidão da caatinga, o mandacaru em flor, o canto triste do assum preto, a asa branca debatendo-se contra um carcará.
Puxou o fio da meada para sair do labirinto e viu que o dia estava brilhante e ensolarado e belo. Não era azul era laranja. A estória era outra e ainda está para ser contada, não em gotas, mas aos jorros...!
É a esperança que renasce e "o sertanejo é antes de tudo um forte", não dizia Euclides da Cunha?
ResponderExcluirBoa noite aí, amiga!Bjsss