quente, a vida,
a marca colorida dos meus olhos, o tempo
em que ardiam no fundo de cada vento
mãos vivas cercando-me...
Ficou a carícia que não encontro
senão entre dois sonos, infinita
minha sabedoria em pedaços.
E tu, palavra
que transfiguravas o sangue em lágrimas.
Nem sequer um rosto trago
comigo, já trespassado em outro rosto
como esperança no vinho e consumado
em acesos silêncios.
Volto sozinha
entre dois sonos lá'trás, vejo a oliveira
rósea nas talhas cheias de água e lua
do longo inverno. Torno a ti que gelas
na minha leve túnica de fogo.
Cristina Campo, pseudônimo de Vittoria Guerrini, poeta nascida em Bolonha(Itália) - 1923-1977
UFFFFFFF LINDISIMO POEMA!!!!
ResponderExcluirABRAZOS