Opinião sobre a pornografia
Não há devassidão maior que o pensamento. Essa diabrura prolifera como erva daninha num canteiro demarcado para margaridas. Para aqueles que pensam, nada é sagrado. O topete de chamar as coisas pelos nomes, a dissolução da análise, a impudicícia da síntese, a perseguição selvagem e debochada dos fatos nus, o tatear indecente de temas delicados, a desova das ideias - é disso que eles gostam. À luz do dia ou na escuridão da noite se se juntam aos pares, triângulos e círculos. Pouco importa ali o sexo e a idade dos parceiros (...) Preferem o sabor de outros frutos da árvore proibida do conhecimento do que os traseiros rosados das revistas ilustradas, toda essa pornografia na verdade simplória (...) É chocante em que posições, com que escandalosa simplicidade um intelecto emprenha o outro! Tais posições nem o Kamasutra conhece (...)
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