Arder na água, afogar-se no fogo.
O mais importante é saber atravessar o fogo.
05/01/2017
Divagações
As mãos vão se adelgando os dedos vão ficando tortos as linhas vão enviesando
os dias vão se tornando noites as noites vão se tornando séculos e todosvão se transformando num vão:para
frente e para trás num vai e vem infinito enquanto dura a
eternidade dos dias; vão embora sem saírem
do lugar até retrocederem ao riscado das
linhas do mapa das mãos pequeninas tateando o chão buscando o equilíbrio do
corpo que cai e levanta e cai novamente e se ergue em passos firmes pela vida
afora ziguezagueando caminhos
ultrapassando fronteiras vislumbrando arco-íris sob pesadas nuvens bordando a
pele delineando uma paisagem de labirintos de dores antigas como uma nuvem
invisível que se desfaz ao sabor de cliques digitais que apagam e refazem os
sonhos de uma noite em claro no escuro do cinema ao apagar-se uma fantasia em
preto e branco. As mãos vão as mãos vêm e veem o corpo dos dedos sibilinos a se
enroscarem em palavras e gestos e dores e gemidos e frases soltas e gritos e
urros num traçado destroçado de uma
colcha de retalhos cujos fragmentos espalham –se no chão do papelde cores indefinidas.
Mãos que acariciam apalpam cortam estrangulam; mãos sujas mãos lavadas na mesma água tortuosa
e tortas como a vida como nós, os nós
que se incrustaram sobre os dedos dos pés que tropeçam entre pedras...devagar
de vagar indo...!
Las manos como protagonistas absolutas del paso de la vida. Desde el primer impulso del niño a mirárselas, llevárselas a la boca y probar la vida a través de ellas, impulsarse con ellas por el suelo, apoyarse para empezar a caminar...
Las manos, con el mismo inteligente diseño, que sirven igual para acariciar que para estrangular...
Un hermosa, inquietante y poética divagación...
Me incorporo poco a poco a la cotidianidad y a la blogosfera...
Las manos como protagonistas absolutas del paso de la vida. Desde el primer impulso del niño a mirárselas, llevárselas a la boca y probar la vida a través de ellas, impulsarse con ellas por el suelo, apoyarse para empezar a caminar...
ResponderExcluirLas manos, con el mismo inteligente diseño, que sirven igual para acariciar que para estrangular...
Un hermosa, inquietante y poética divagación...
Me incorporo poco a poco a la cotidianidad y a la blogosfera...
Qué bonita la foto de cabecera entre nubes...
Un abrazo,