DE CHARLES BUKOWSKI (1920-1994)

Arder na água, afogar-se no fogo. O mais importante é saber atravessar o fogo.

28/02/2009

Todas nós estamos engajadas nesta tarefa de liberação dos falsos "eus", os "eus programados" ou os "eus" criados pelas nossas famílias, nossa cultura, nossas religiões. Tarefa difícil, pois a história das mulheres foi tão mal contada quanto a dos negros. Muita coisa foi dissimulada. Certas culturas como as da Índia, do Camboja, ou da China ou do Japão tornaram nossa vida sexual acessível e familiar através da expressão de seus artistas masculinos. Mas em geral, quando as mulheres desejaram revelar certos aspectos da sua sensualidade, suas vozes foram abafadas. Menos abertamente do que a queima dos livros de D.H.Lawrence ou o banimento das obras de Henry Miller ou James Joyce, mas através de um longo e contínuo denegrimento por parte da crítica. Várias mulheres recorreram ao uso de nomes de homens para assinar suas obras, a fim de escaparem aos preconceitos. {.....................................} Se nos aprofundarmos no estudo da sensualidade feminina chegaremos à mesma conclusão de sempre:não se pode generalizar, há tantos tipos de mulheres quanto as próprias mulheres. E uma coisa é certa: a literatura erótica dos homens não satisfaz às mulheres. É tempo de escrevermos a nossa; nossas necessidades, fantasias e comportamentos eróticos são diferentes. A maioria das mulheres não se sente excitada por descrições explícitas, por uma linguagem crua.
"Em Busca de um Homem Sensível" - Anaïs Nin, escritora francesa (1903-1977)

Um comentário:

  1. Amiga, adorei.
    Verdade seja dita, ainda bem que hoje podemos falar, mostrar nossa cara e deixar que nossos corpos vibrem naturalmente e... como é bom isso.
    Sim, somos corpo e alma ao nosso bel prazer.
    Beijos

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