Como essas coisas que não valem nada
e parecem guardadas sem motivo
(alguma folha seca...uma taça quebrada)
eu só tenho um valor estimativo
Nos olhos que me querem é que eu vivo
esta existência efêmera e encantada...
Um dia hão de extinguir-se e, então, mais nada
refletirá meu vulto vago e esquivo...
E cerraram-se os olhos das amadas,
o meu nome fugiu de seus lábios vermelhos,
nunca mais, de um amigo o caloroso abraço...
E, no entretanto, em meio desta longa viagem,
muitas vezes parei...e, nos espelhos,
procuro em vão, minha perdida imagem !
Mário Quintana (1906-1994)
A imagem não pode perder-se nunca. Está gravada a letras de ouro no livro da eternidade.
ResponderExcluirUm abraço,
Maria Emília