A una rosa
Ayer naciste, y morirás mañana.
Para tan breve ser, quien te dio vida?
Para vivir tan poco estás lucida?
Y, para no ser nada estás lozana?
Si te engañó tu hermosura vana,
bien presto la verás desvanecida,
porque en tu hermosura está escondida
la ocasión de morir muerte temprana.
Cuando te corte la robusta mano,
ley de la agricultura permitida,
grosero aliento acabará tu suerte.
No salgas, que te aguarda algún tirano:
dilata tu nacer para la vida,
que antecipas tu ser para tu muerte.
Nasceste ontem, e morrer vais amanhã.
Para tão breve ser, quem te deu vida?
Para viver tão pouco estás luzida,
e para não ser nada estás louçã?
Se te iludiu uma beleza vã,
muito em breve a verás desvanecida,
porque em tua beleza está escondida
a vez de morrer morte temporã.
Quando te cortar uma robusta mão,
norma da agricultura permitida,
grosseiro alento acabará tua sorte
Não saias, que te aguarda algum vilão;
dilata teu nascer para esta vida,
que antecipas teu ser à própria morte.
Eis a nossa ansiosa busca existencial.
ResponderExcluirBelíssimo!
Ótimo feriado!
Abs!
Carol Sakurá
toujours des mots merveilleux qui rendent la vie à la fois plus belle et plus captivante !! je vous salue comme il se doit Cirandeira !
ResponderExcluirMerci beaucoup Jean-Philippe! Il faut être bien
ResponderExcluirattentive sur la fragilité de la vie, car elle
passe trés rapide, n'est-ce pas? Ça fait déjá
quatre siècles que Gongora a écrit ce poème et
il est encore si actuel!!
Em resposta ao seu comentário:
ResponderExcluirVamos então pôr Beethoven a tocar!
Cumprimentos meus
Diria melhor, caro poeta: vamos ler teus poemas
ResponderExcluirouvindo Beethoven! Assim, quem sabe, poderemos
expandir melhor nossos sentimentos...!?
Cirandeira minha querida,
ResponderExcluirLindo poema .Lindo nos dois idiomas de sonoridade distinta.e o poeta de Angola quando diz que língua não tem nome.e o som gostoso dos comentários em frances.
Viajei por paragens da alma em prosa e verso pelos teus caminhos,
beijos,
Cris
Querida Querubim te espera...
Cirandeira,que maravilhosa poesia!Reflexiva e comovente ao mesmo tempo!Agradeço seu carinho em meu blog!Bjs,
ResponderExcluirE aí, mulher!!!!
ResponderExcluirQue beleza de poesia... a finitude da vida é mesmo algo que mexe com a cabeça de muita gente.
Então... estes últimos dias foram super corridos, mas acho que agora tudo volta ao normal!
Bjão!
Cirandeira, cá está Gongora inteiro, com a beleza estonteante de seu pensamento tortuoso. Há muito não lia este poema, adorei relê-lo.
ResponderExcluirEstou de volta a Maceió, com meu pai já bem, em casa.
É sempre bom voltar aqui. :-)
Cirandeira,
ResponderExcluirDizer o que, depois de tanta coisa bela dita?
Só ficar extasiado de tanta luz!
E ainda descobrir que este país
é ainda mais belo do que se imagina.
Parodiando a Janaína, é bom estar sempre aqui.