Fila para conseguir água em Porto Príncipe, Haiti
Cobrí de alpiste a sacada
para o concerto da madrugada de amanhã.
Apaguei a luz e esperei pelo sono. E já
na passarela se inicia
o desfile dos mortos grandes e pequenos
que conhecí em vida.
É difícil distinguir
quem eu gostaria ou não que
regressasse entre nós.
Lá onde estão
parecem inalteráveis por um algo mais
de decomposição sublimada. Nós fizemos
o melhor de nossos esforços
para piorar o mundo.
Eugenio Montale, Gênova (Itália) - 1896-1981
sabio escrito. me encantó.
ResponderExcluirun abrazo
O sistema ocidental sempre fez o pior para piorar as pessoas.
ResponderExcluirO resto é consequência.
Obrigada.
belo blog, feliz associação de texto e imagem.
ResponderExcluirvoltarei muitas vezes.
abração do
roberto.
Nem mesmo a imagem dos pássaros ameniza a angústia que este poema me passou, Cirandeira.
ResponderExcluirUm beijo.
saudades de passar por aqui e ler teus escritos.. tenho alguns ainda pra ler atrasados :)
ResponderExcluirgosto tanto do seu ponto de vista, sempre me lembrando e me acordando pra situações com poemas bem escolhidos.. imagens certeiras.
beijo grande Cirandeira
Que bom que "apareceste", Amanda! És sempre muito bem vinda, também eu, tenho sentido tua
ResponderExcluirfalta...!?
Um beijão
E o pior é que continuamos fazendo...
ResponderExcluirBjs e inté!