Manabu Mabe
(...) um riacho de amarelo nem água nem terra rodopia, dobrando a estrada amarela nem terra nem água, morro abaixo se dissolvendo numa massa inquieta de cor verde escura nem terra nem céu.
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(.....) eu pensava como as palavras descrevem uma linha reta e fina, rápida e inofensiva, e em quão terrivelmente vai pela terra, aferrando-se a ela, para que depois de um tempo as duas linhas estejam separadas demais para que uma mesma pessoa passe de uma a outra; e que pecado e amor e medo são apenas sons que pessoas que nunca pecaram nem amaram nem temeram utilizam para designar o que jamais tiveram nem poderão ter até que esqueçam as palavras.
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Às vezes não tenho tanta certeza de quem tem o direito de dizer quando uma pessoa está louca e quando não. Às vezes penso que nenhum de nós é totalmente louco e que nenhum de nós é totalmente são até que o nosso equilíbrio diga ele é desse jeito. E como se não importasse o que o sujeito faz, mas a forma como a maioria das pessoas o vê quando ele faz.
William Faulkner, escritor norte-americano (1897-1962)
MUY INSTRUCTIVO TEXTO. GRACIAS POR COMPARTIRLO.
ResponderExcluirUN ABRAZO