Malangatana Valente Ngwenya, nasceu em Matalana, distrito de Marracuene, Moçambique, em 1936 e faleceu em Matosinhos (Portugal), no dia 5 de janeiro de 2011. Antes de tornar-se conhecido internacionalmente por seu trabalho como pintor, escultor, ceramista, poeta, Malangatana foi pastor de gado, criado de meninos, apanhador de bolas de golfe no clube da elite colonizadora da ex-Lourenço Marques(Maputo, a atual capital de Moçambique). Tornou-se pintor profissional graças a ajuda de várias pessoas, como um de seus professores, que lhe dava as tintas para pintar; como também o arquiteto português Miranda Guedes, que lhe cedeu sua garagem para servir de atelier. Chegou a ser preso pela PIDE (polícia da ditadura ), juntamente com o poeta José Craveirinha e Rui Nogar, acusados de ligações com a FRELIMO (Frente para a Libertação de Moçambique).
Sua obra está exposta em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Seus murais estão espalhados em vários locais da capital(Maputo), na África do Sul, no Chile, na Colômbia, EUA, Grã-Bretanha e Suécia.
Malangatana era um artista na verdadeira acepção da palavra, para além das artes plásticas, porque era ator de teatro, cantava, dançava, era animador cultural e desenvolvia um trabalho cultural em seu país.
Extraído de saavedramusicachibebeepoesia.blogspot.com
A Coruja
A coruja agoira-me
e diz-me que nunca chegarei
além onde o desejo me leva
e assim evapora-se o sonho;
O tambor foi tocado
na noite densa do feitiço
enquanto Kokwana Muhlonga
apitava o Kokwana Hehlise
que morreu depois dos gatos terem miado.
Eu lutando só
é impossível vencer as ondas
que feiticeiramente me esboçam
as corujas, gatos e tambores
neste espaço descubro gênios que minha parca ignorância ignorava, retrocedo mansamente, ajoelho sob seus pés e agredeço a graça ofertada ó divina provedora cultural!
ResponderExcluirNão sei se recebo suas palavras como um
ResponderExcluirelogio ou se ironias. Se uma ou outra não tem importância. Agradeço de qualquer forma!
Amiga querida,
ResponderExcluirNão vou dizer que estou pasma, pois já li autores moçambicanos que me impressionaram muito. Mas esse, realmente, é um Mestre. Maravilhosas cores, uma estética primorosa. Parabéns, Cirandeira!
Aproveito para deixar-lhe os votos de um 2011 mais e mais proveitoso, se é que isso é possível, pois seu espaço já se tornou uma referência cultural da maior qualidade.
Beijos, amiga!
Queridíssima Van, és tão generosa, não é mesmo?
ResponderExcluirObrigada, estava sentindo tua falta.
Também te desejo um 2011 bem feliz e produtivo.
beijos :)