máquina como se fosse fazer costura
nada mais fazer do que signos
)p-preto o-preto e-preto
)p-preto o-preto e-preto
um-m
um-a
tudo diferente de um coser qualquer
um-a
tudo diferente de um coser qualquer
que se fechasse em pontilhado branco
máquina como quem quer desfazer
costura de coisas no papel branco
costura de coisas no papel branco
entre um hífen ponte de meditação
dedos-dados dados em lanço de pontos pretos
um lenço um cachimbo
em preto-branco espaço
remate do poema
branco
[na minha luva de ouro]
em preto-branco espaço
remate do poema
branco
[na minha luva de ouro]
na minha luva de ouro na minha luva de prata
escondi raças e povos escondi minha vergonha
na minha luva de pedra
na minha luva de pedra
escondi a minha morte
na minha luva de ferro
na minha luva de ferro
escondi o meu silêncio
cavaleiro cavaleiro cavaleiro cavaleiro
cavaleiro cavaleiro cavaleiro cavaleiro
joga tua luva ao vento
joga tua luva ao vento
cavaleiro cavaleiro
cavaleiro cavaleiro
joga tua luva ao vento
cavaleiro cavaleiro
cavaleiro cavaleiro
guarda tua luva
e
vento
Edgard Braga, Maceió(AL) - 1897-1985
Edgard Braga, Maceió(AL) - 1897-1985
Edgar Braga, não conhecia, gostei muito. Nossa, você me mostra sempre que há tanto ainda a descobrir, Ci! Isso me estimula: poesia para sempre!
ResponderExcluirBeijos,
belo achado.
ResponderExcluirmentalmente, tentei vestir as luvas de pedra.
calcei-as.
da arte de trocar as mãos pelos pés.
beijão,
r.
SIEMPRE TAN INTERESANTES E IMPORTANTES TUS POST.
ResponderExcluirUN ABRAZO