"Escrever é traduzir. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa língua.
Transportamos o que vemos e o que sentimos para um código convencional de signos, a escrita...E deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não tanto a integridade da experiência que nos propusemos transmitir, mas uma sombra, ao menos do que no fundo do nosso espírito sabemos bem ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo."
José Saramago (1922-2010)
Ousar escrever não seria algo muito além de reconhecer, sem frustração, nossa incapacidade de comunicarmos certas idéias e sentimentos; e, sobretudo, perceber haja beleza nisto. ;)
ResponderExcluirMesmo na nossa própria língua!
ResponderExcluirTem toda a razão. É traduzir, mas nem sempre em idioma também tão conhecido :)
Escrever é desvendar nossa alma em letras.
ResponderExcluirBeijos!
Traduzir o intraduzível, "esse instante fugaz
ResponderExcluirde silêncio anterior à palavra"! é tarefa das mais difíceis, a meu ver. Posso até entender o
que Saramago quis dizer, mas na prática a coisa
se complica. Vocês não acham?
Amiga querida!
ResponderExcluirEsse Saramago também era danadinho, hein? O silêncio que antecipa a palavra...isso dá samba!Rsrs.
Vou te enviar um e-mail, posso?
Obrigada pelo carinho e um beijão!!!
Nem é preciso perguntar, é claro que pode. Sempre!
ResponderExcluirVou aguardar...
tremendo y bellisimo pensamiento del autor.
ResponderExcluirun abrazo
Os bons escritores, como Saramabo, conseguem quase capturar a essência das coisas. Muito bom o teu blog.
ResponderExcluirTens toda razão, Terráqueo, essa difícil tarefa
ResponderExcluiré própria dos grandes escritores, como Saramago
Obrigada por suas palavras carinhosas e volte
mais vezes. Também gosto bastante de teu blog.